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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Saudades...

     O feriadão acabou, não viajei mas fiz várias coisas legais, não muito programadas e sem muito protocolo. Fui turista em Porto Alegre, admirei o Guaíba, fiquei feliz por estar ali. Visitei a Bienal, caminhei um monte, conversei com os amigos sobre assuntos aleatórios, sem grandes compromissos, apenas bate papo, foi muito bom. Caminhei pela primeira vez na Feira do Livro, porque meu preconceito em ir ao centro num final de semana nunca me permitiram tal "aventura".  
     E com os dias calmos na cidade em meio ao feriadão, me peguei pensando sobre coisas simples que se perderam no passado e que não precisavam de muito esforço para darem certo, senti saudade.


     Saudade dos aniversários da minha infância, em casa, na garagem, todo mundo vinha, amigos, vizinhos, os parentes. A decoração era o máximo, lembro perfeitamente de quando minha mãe desempacotava as letrinhas de "feliz aniversário" guardadas o ano todo, para enfim organizar a festa...era quase um segundo Natal pra mim. As garrafinhas de vidro do refrigerante tinham enfeites, as crianças ganhavam chapeizinhos, era uma correria de criança, bons tempos. Hoje não vemos tanto esta situação, os mega eventos tem sido mais comuns, festas caras, cheios de superproduções, decorações ousadas, muitas fotos, filmagens, mil pratos diferentes, música, dança....ah e tem crinaças também...hehe. Não sou contra isso, não totalmente...hehe...eu era uma criança bem feliz com meus canudinhos de carne moída, meus brigadeiros feitos pela minha mãe. Mas o mundo evoluiu, ficou mais exigente e nós? Nós esquecemos da simplicidade e de como temos um enorme poder de transformar tudo em felicidade, em diversão. Saudades...

Saudades de quem já se foi (pausa pra respirar fundo...difícil)...é, essa deve ser a pior das saudades, porque não tem remédio. Mas um dia todos vão se encontar de novo, por agora fico feliz por todas lembranças boas que tenho e agradeço pelas pessoas que estão aqui e que podemos abraçar muito, ver muito, compartilhar tudo e tirar muitas fotos, né tia querida, tem que vir conhecer minha casinha!


 Em 1986 acho que não tinham parques aquáticos também...hehe...mas vocês veem alguma carinha triste ai? Ah como eu amava acampar, saudades...

De fato os estúdios fotográficos de antigamente não tinham cenários muito elaborados, mas mesmo assim a câmera do fotógrafo captou o principal, o carinho e o cuidado do irmão mais velho e sem dúvida, a sua vontade de acabar logo com as fotos pra voltar a jogar bola...hehe


     E crianças naquela época também brincavam na rua, corriam, jogavam bola, inventavam o que fazer, brigavam e meia hora depois estavam brincando de novo. Porque as coisas boas de antigamente estão se perdendo? Porque as crianças de hoje ficam horas na frente de um computador, tem mil compromissos, horários, obrigações? Eu fui uma criança extremamente feliz, nem sei bem o porque, talvez porque era mais simples ser feliz, não precisava de muita coisa. Não que não gostasse de brinquedos caros, roupas novas, passeios, mas eu sabia me divertir quando não tinha também. E por isso quando ganhava um presente, dava muito mais valor a tudo e a todos.

 Não pude deixar de relembrar brinquedos, desenhos e personagens que fizeram parte de uma infãncia mais inocente. 

Saudades de quando todos os amigos tinham mais tempo, podiam se reunir, viajar todos juntos. É, isso só na época de escola mesmo, pois nem mesmo num churrasco de domingo a gente conseguirá reunir hoje em dia tanta gente...faz parte de crescer, mas que bom que temos fotos pra relembrar e abrir um sorrisão de saudade e de como foi bom estarmos juntos.


 Saudade, faz a gente refletir, rever, pensar e agir. Refletir sobre em que pessoa nos tornamos, rever os valores que ensinamos a nossos filhos, pensar sobre o melhor caminho e melhorar.
Saudade é bom, é a prova de que nenhum momento foi em vão, nenhuma pessoa passou sem deixar sua marca, que é bom ser feliz por nada.
Resgatar o que tinha de bom no passado não é virar as costas a tudo de bom que se tem hoje. É apenas aproveitar o melhor de nós para melhorar o dia de amanhã. Esquecer o que passou é esquecer de nós.
     E para finalizar esse post cheio de saudades, pego emprestado um trecho do livro que comprei na Feira...
"Você é adulto mesmo? Então pare de reclamar, pare de buscar o impossível, pare de exigir perfeição de si mesmo, pare de querer encontrar lógica em tudo, pare de contabilizar prós e contras, pare de julgar os outros, pare de tentar manter sua vida sob rígido controle. Simplesmente, divirta-se. " Martha Medeiros, Livro Feliz Por nada

2 comentários:

  1. Amiga, belo post, senti saudades junto com você e fico muito feliz por ter feito parte desta história, a nossa infância! Bjs, te adoro.

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  2. Comadre!!! Deu até vontade de chorar!!! Tuas palavras me trouxeram saudades desse tempo que infelizmente nao volta...e como era bom mesmo! Sabe que até agora nao tinha parado pra analisar o quanto a infancia dos meus filhos está sendo diferente do que foi a minha, nao tínhamos muita coisa realmente, mas tenho pena verdadeiramente deles, pq nós na simplicidade e inocência que tínhamos, sabíamos ser felizes. Mas no mundo deles, o que vivemos hj, o importante não é SER, é TER!!! Obrigada por esses momentos emocionantes que me fizeste relembrar, minha amiga/comadre/irmã!!!

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