Ah, essas redes sociais, sempre nos distanciando do prazer de viver 5 minutos de privacidade. Mas estou aqui, nesse meu cantinho virtual.
Depois de um ano de trabalho intenso, a gente sempre faz uma balanço das experiências que esses trabalhos e negociações nos trouxeram. Tive um aumento de trabalho significativo em 2014, acredito que devido a algumas coisas, como: meus acertos nas estampas para cada tipo de produto, a uma rotina de horário mais firme, uma escolha de peças para manter na linha de venda e retirada de outras. Ajustes que com o tempo a gente aprende a fazer. Ganhei mais lojistas como clientes, mamães para lá de empenhadas em proporcionar festas para seus filhos, com lembrancinhas exclusivas. Enfim, foi um ano bom e ainda está sendo.
Sabem quantas horas trabalho por dia no Ateliê? Quatros horas. Dá tempo de fazer tanta coisa? Dá sim, basta ser honesta com meus clientes e dizer o prazo para cada encomenda e saber que nem sempre o prazo vai ser aceito e ai precisamos recusar o pedido. Mas cada um precisa saber controlar sua rotina. E a minha é essa, 4 horas de Ateliê e vinte de mãe.
Também há uma questão dentre a rotina de um Ateliê de patch, que não sei dizer ainda onde me encaixo. Alguns clientes escolhem produtos e também querem escolher um tecido específico e acabamentos específicos. Isso me limita a ser somente a costureira e não mais a artesã criativa que compõem peças diante de seu estilo e gosto. Isso é certo, é bom? Até que ponto devemos trabalhar dessa forma? Já vi artesãs que batem o pé em sua marca e sua linha de produtos, onde suas peças são vendidas exclusivamente com estampas, cores e acabamentos de sua escolha, onde o cliente deverá escolher entre essas opções. Assim, seu estilo se mantém e será possivelmente identificado. Pelo menos teoricamente. Será que essas pessoas tem boas vendas?
Quem não sabe reconhecer de cara a arte de Romero Brito? Mas será que no mundo patch, temos isso também?
O que acham, não sei bem o que pensar. Queria realmente ter só produtos definidos através de meu estilo. Mas para isso, teria que ter estoque de tecido suficiente para uma temporada de coleção. Mas não tenho grana para isso, quem tem? Heheheh
Já testei esse método com alguns produtos menores e de estampa fácil de encontrar e realmente funciona. Mas teria que seguir essa dica: estampa fácil de repor, com consolidação de venda da peça. Não tendo a certeza de que aquele produto vende, não adianta comprar 10 metros de tecido.
E falando em tecido, tenho algumas dicas sobre onde comprar: encontrei uma loja em Porto Alegre, que gostei bastante de comprar, pois tem uma variedade enorme de tecidos, nacionais e importados a preços moderados. Se chama Plásticos e Lonas (http://www.plasticoselonas.com.br/). Outra dica que dou, é de que se você tem conhecimento de marcas de tecidos, vale a pena comprar em lojas online e não gastar tempo e nem dinheiro indo a lojas físicas e colocando carro em estacionamento. Comprei até tecido nos EUA e em 20 dias estavam aqui. Também já comprei tecido importado em uma loja aqui no Brasil, paguei uma fortunaaaaaaaa e não achei de boa qualidade. Para mim pareciam importados da China, com uma impressão meio fraca, textura do pano fina. Não tinha jeito de importado, desses americanos. Não recomendo. O nome é Mix3 Artes...tem tecidos lindos, mas dei azar e não curti os meus.
Bom, por hoje, é isso, vim dar oi e dar umas dicas que a horas queria compartilhar. Agora tenho que voltar para máquina, afinal estou aqui usando espaço das minhas 4 horas ;)
Beijos
